Admito
que ficção científica não é um gênero que faz meus olhos brilharem, mas ao ler
a sinopse de Cyberstorm, minha curiosidade foi aguçada, afinal, nos tornamos
tão dependentes da tecnologia, sobretudo da rede de computadores, que fica a
questão: o que aconteceria se houvesse um ataque cibernético?
É
com um realismo inquietante que o autor Matthew Mather responde essa pergunta.
Em uma das cidades mais modernas do mundo, Nova Iorque, os meios de
comunicações começam a falhar e uma nevasca assola a cidade. Sem uma maneira de
entrar em contato com o resto do mundo, a população vive em um cenário
apocalíptico em meio ao desconhecimento do que realmente está acontecendo.
Acompanhamos
Mike Mitchell e sua família tentando sobreviver em meio à fome, frio, falta de
energia e água, além de uma possível epidemia de gripe aviária, ao tempo em que
especulamos sobre o que está acontecendo.
Seria
um ação terrorista? Um ato de guerra? Ou ainda um ataque de Extraterrestres? O
suspense é um dos melhores pontos da obra e o autor segura a informação até o
último minuto, sendo até um pouco decepcionante a revelação.
“Quem fizera aquilo conosco? Quem nos transformara em animais? Não podia ser apenas um acidente, não do modo com que havia se desenrolado: o ataque à logística, a queda da internet, os alertas de gripe aviária, e então uma invasão do espaço aéreo norte-americano e a derrubada das redes de energia”. (p.312.)
Outro
ponto forte da obra é a descrição de toda a situação vivida pelas personagens,
à medida que a história se desenvolve, somos apresentados a situação
desesperadora que a cidade está imersa. Além disso, Matthew Mather de fato
trabalhou em segurança cibernética e conseguiu escrever sobre as “tecnicidades”
da obra de uma maneira bem simples, não tornando-se cansativa de ler.
“A tecnologia não podia regredir, mas os seres humanos sim, e com uma facilidade e rapidez surpreendentes quanto os vestígios do mundo moderno desapareciam”. (p. 330)
Se
por um lado o autor acerta nesses pontos, por outro peca no desenvolvimento de
seus personagens, que além de estereotipados, são rasos e facilmente
esquecíveis... eu queria mesmo era saber o que aconteceu.
Sendo
assim, Cyberstorm é memorável por sua ambientação, sendo uma leitura envolvente
tanto para os fãs de ficção científica como para os leitores mais distantes do
gênero.
Olá Rafa, tudo bem?
ResponderExcluirEu também não curto muito ler ficção científica, mas gosto muito de determinados filmes do gênero.
Não conhecia a obra e nem o autor, e apesar da premissa ser interessante, não me senti tentada a ler. Coisa de gosto mesmo kkkk
Ótima resenha.
Abraço e sucesso.
Lia Christo
www.docesletras.com.br